quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Educação Ambiental é uma das metas do Plano de Ação Nacional para a conservação dos muriquis


No final de novembro, alguns representantes de organizações brasileiras de pesquisa e educação ambiental, entre elas o Instituto Supereco e a Associação Pró-Muriqui, estiveram presentes no encontro promovido pela  Universidade Federal do Espírito Santo, UFES e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio), com o objetivo de desenvolver estratégias  de Educação Ambiental para futuros projetos para a conservação dos Muriquis.

Durante o encontro, realizado na UFES, a educadora ambiental do Instituto Supereco, Eliane Santos, demonstrou por meio de sua palestra, a importância do Planejamento e Monitoramento para um programa de educação ambiental. “O monitoramento periódico e a avaliação dos resultados são de suma importância. Em cada projeto desenvolvido pela Supereco, elaboramos indicadores de avaliação. Assim, podemos monitorar os resultados alcançados ao longo do processo e fazer os ajustes necessários para alcançar os objetivos”, afirma.

O tema foi priorizado pelas organizações e pesquisadores da espécie, pois é uma das metas do Plano de Ação  Nacional, PAN, para a conservação dos muriquis, do ICMbio, elaborado com o objetivo de aumentar o conhecimento e a proteção das populações da espécie para reduzir  sua categoria de ameaça de extinção até 2020.

Ficou decidido que o planejamento estratégico de educação ambiental será construído de maneira conjunta pelas organizações, em 2011, por meio do mapeamento que será realizado por cada Instituição. 

O Plano de ação nacional para a conservação dos Muriquis foi oficialmente aprovado por meio da Portaria nº 87, de 27 de agosto de 2010, do Instituto Chico Mendes. As ações do Plano deverão ser concluídas em agosto de 2015.

Os planos de ação são ferramentas de gestão para conservação da biodiversidade, tendo como objetivo pactuar com diferentes atores institucionais estratégias para recuperação e conservação das espécies ameaçadas de extinção. A Portaria conjunta nº 316, de 9 de setembro de 2009, estabeleceu o marco legal para implementação de estratégias, indicando que os planos de ação, juntamente com as listas nacionais de espécies ameaçadas e os livros vermelhos se constituem num dos instrumentos de implementação da Política Nacional da Biodiversidade (Decreto 4.339/02).

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Metas da biodiversidade para o futuro

Após a COP10, cientistas de diversos países se reúnem novamente, dessa vez em evento do Biota-FAPESP em Bragança Paulista (SP), para discutir como monitorar as novas metas para a conservação da biodiversidade.
 
O Programa Biota-FAPESP, a Academia Brasileira de Ciências (ABC) e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) decidiram marcar o encerramento do Ano Internacional da Biodiversidade e o início do Ano Internacional das Florestas com um evento.

A conferência internacional Getting Post 2010 – Biodiversity Targets Right será realizada de 11 a 15 de dezembro no hotel Villa Santo Agostinho, em Bragança Paulista (SP). O objetivo é contribuir para estabelecer não só novas e significativas metas para a conservação da biodiversidade utilizando embasamento científico, como também mecanismos para monitorar a efetiva implementação dessas metas.

O evento reunirá parte dos principais personagens que estiveram na 10ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (COP10) em Nagoya, no Japão, que terminou no dia 29 de novembro.

“Esses pesquisadores estarão reunidos novamente menos de um mês após a COP10, onde os países signatários da Convenção sobre a Diversidade Biológica firmaram um ousado acordo para conservação da biodiversidade e a repartição justa e equitativa dos benefícios oriundos de seu uso sustentável”, disse Carlos Alfredo Joly, coordenador do Biota-FAPESP.

A abertura do encontro em Bragança Paulista será feita por Ahmed Djoglaf, secretário geral da Convenção sobre a Diversidade Biológica, que coordenou os trabalhos da reunião de Nagoya.

Na manhã seguinte, Maximiliano da Cunha Henriques Arienzo, subchefe da Divisão de Meio Ambiente do Itamaraty e chefe da delegação e principal negociador brasileiro em Nagoya, fará um relato da COP10 e também do andamento da criação do Intergovernmental Platform on Biodiversity and Ecosystem Services (IPBES).

Na sequência serão discutidas questões relativas à interoperabilidade entre sistemas de informações sobre biodiversidade, o uso de novas técnicas para o estudo da biodiversidade de microrganismos, ferramentas de modelagem associadas a indicadores e parâmetros e métricas para monitorar a conservação ou perda de biodiversidade.

“No último dia, a conferência se voltará para a Mata Atlântica, a mais antiga e mais ameaçada de nossas florestas”, disse Joly, professor titular do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e organizador do evento em Bragança Paulista.

O evento terá quatro temas principais, que serão apresentados e debatidos em simpósios: “National and International Interoperability among Biodiversity Information Systems”, “Metagenomics as a tool to assess micro-biodiversity”, “Post 2010 Biodiversity Targets: ecosystem and evosystem services” e “Impacts of Local & Global Changes on the Atlantic Rain Forest”.

Entre os palestrantes de outros países convidados estão Eduardo Morales Guillaumin (Conabio, México), Monica Vera (Fundação Humboldt, Colômbia), Francisco Antonio Squeo (Instituto de Ecologia e Biodiversidade, Chile), Alfred Püehler (Universidade Bielefeld, Alemanha), Jack Anthony Gilbert (Plymouth Marine, Reino Unido), Timothy Vogel (Universidade de Lyon, França), Rodolfo Dirzo (Stanford University, Estados Unidos) e Harold Mooney, presidente da Diversitas.

Antonio Mauro Saraiva (Universidade de São Paulo, USP), Marcelo Tabarelli (Universidade Federal de Pernambuco), Carlos Grelle (Universidade Federal do Rio de Janeiro), Célio Haddad (Universidade Estadual Paulista), Eduardo Eizirik (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), Geraldo Afonso Fernandes e Adriano Paglia (Universidade Federal de Minas Gerais), Philip Fearnside (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia), Thomas Lewinsohn (Unicamp) e Miguel Calmon (Instituto BioAtlântica) serão alguns dos conferencistas do Brasil.

“É um privilégio para o programa Biota-FAPESP, em parceria com a ABC e a SBPC, coordenar um evento dessa magnitude. Uma conferência que, no cenário internacional, marca o final do Ano Internacional da Biodiversidade e o início do Ano Internacional das Florestas”, disse Joly.

Para inscrições feitas até o dia 3 de dezembro os valores são: R$ 250 (profissionais, docentes, pesquisadores e pós-docs) e R$ 150 (estudantes).
Inscrições e mais informações sobre a conferência: www.biota2010-targets.com.br
 
Cientificamente significativos
Os organizadores da conferência Getting Post 2010 – Biodiversity Targets Right ressaltam que as metas para a biodiversidade em 2010 no mundo, bem como as metas brasileiras para a biodiversidade no ano, não foram alcançadas, conforme ficou evidente durante a COP10.

Parte do fracasso, segundo eles, se deveu ao fato de não se poder demonstrar cientificamente uma redução significativa nas taxas de perda de biodiversidade com o conhecimento disponível atualmente. Outro problema é o lapso de tempo entre as ações para ampliar a conservação da biodiversidade e o efetivo impacto dessas medidas, que pode ser de décadas, ou mesmo de séculos.

Também é bem conhecido, apontam os organizadores, que a maior parte dos principais motores da perda de biodiversidade – como mudanças no uso da terra, mudanças climáticas, poluição e espécies invasoras – tem crescido desde 2001, quando as metas foram estabelecidas.

“Entretanto, como apontou o professor Thomas Lovejoy no evento organizado pelo Biota-FAPESP no Palácio dos Bandeirantes no Dia Internacional da Biodiversidade, as metas tiveram um efeito extremamente positivo. Elas levaram a conservação da biodiversidade para o topo da agenda mundial, desencadearam a Avaliação Ecossistêmica do Milênio e fizeram com que a Convenção sobre Diversidade Biológica promovesse e intensificasse iniciativas como o Programa Áreas Protegidas e a Estratégia Global para a Conservação de Plantas”, disse Joly.

Por conta disso, segundo os organizadores da conferência, é de importância fundamental, e urgente, que se estabeleçam metas novas, mensuráveis e cientificamente significativas, com medidas objetivas e específicas para comprometer governos em nível nacional, regional e global com uma proposta radical em relação a abordagens anteriores.

“É imperativo garantir não apenas a preservação de serviços ecossistêmicos que beneficiam o homem, mas também os processos que geram e mantêm a biodiversidade, que possuem valores intrínsecos não mensuráveis monetariamente”, destacou Joly.

“Nesse cenário a conferência em Bragança Paulista se tornou uma oportunidade única de interação com os principais atores internacionais que atuam nessa grande área que a temática caracterização, conservação e uso sustentável da biodiversidade abrange”, disse.

Mais informações: www.biota2010-targets.com.br

FONTE: Agência Fapesp

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Brasil tem 290 milhões de hectares de florestas cadastradas



O Brasil tem hoje 290 milhões de hectares de florestas públicas cadastradas pelo Serviço Florestal Brasileiro. A atualização de 2010 do Cadastro Nacional de Florestas Públicas (CNFP) mostra que houve um aumento de 21% em relação aos números do ano passado. Os números não significam criação de novas florestas públicas e sim que o Brasil começa a conhecer pelo cadastramento quais são e onde estão suas florestas.

A maior parte dessas florestas se concentra na Amazônia. Porém, 226 milhões de hectares são áreas que já foram destinadas a algum uso. As terras indígenas somam 111 milhões de hectares, seguidas pelas unidades de conservação (UCs), com 105 milhões de hectares, sendo 60% federais e 40% estaduais. Os assentamentos públicos de reforma agrária ocupam em torno de 10 milhões de hectares.

Embora a porcentagem de florestas públicas seja alta – em torno de 80% das áreas já cadastradas - ainda restam 64 milhões de hectares sem uso regulamentado. Conforme os levantamentos feitos pelo Serviço Florestal, pelo menos 10 milhões de hectares de floresta que estão sem destinação poderiam dar origem a novas florestas nacionais passíveis de concessão florestal, instrumento que permite o uso sustentável da floresta ao mesmo tempo em que a mantém em pé.

“É preciso dar prioridade para o aproveitamento dessas áreas por meio de florestas nacionais. Precisamos ter metas e cenários claros para atingir a sustentabilidade da produção madeireira na Amazônia por meio das concessões florestais, e essas metas devem ser consolidadas em 2011”, afirma o diretor-geral do Serviço Florestal, Antônio Carlos Hummel. Segundo ele, a resposta às mudanças climáticas passa pelo manejo florestal, associado ao fortalecimento da economia florestal sustentável. As matas precisam ser vistas como oportunidades de desenvolvimento, sem perda da ampla gama de serviços ambientais agregados.

Em 2009, na Conferência das Nações Unidas sobre Clima (COP-15), o Brasil apresentou metas ousadas para o corte na emissão de gases do efeito estufa – entre 36% e 39% –, além da redução de 80% no desmatamento da Amazônia até 2020. Com o início da COP-16 nesta segunda-feira (29) aumenta a importância da discussão que envolve florestas e mudanças climáticas.

“As florestas públicas representam enormes estoques de carbono armazenados em sua biomassa, que se não conservados através de unidades de conservação e terras indígenas estariam sendo emitidos para a atmosfera através da conversão em outros tipos de uso da terra”, afirma a diretora de Pesquisa e Informação Florestal do Serviço Florestal, Cláudia Azevedo Ramos, responsável pela gestão do CNFP.

Em regiões como a Amazônia, a maior extensão de floresta tropical do planeta e onde se concentram as maiores áreas de floresta pública, as matas têm papel relevante na imensa produção de vapor d’água e, portanto, no ciclo hidrológico da Terra. Só esses fatos já tornam o Brasil um importante ator para o equilíbrio climático e para a mitigação do aquecimento global.

Para Hummel, a proteção e o uso sustentável das florestas públicas são medidas importantíssimas para reduzir o desmatamento, evitar a produção ilegal de madeira e evitar emissões de carbono. “Mas é preciso, ainda, nos apropriarmos das florestas públicas não destinadas, dando-lhes uso definido e segurança para permanecerem floresta e tê-las como aliadas na mitigação das mudanças climáticas”, finaliza Hum

FONTE: CICLO VIVO

sábado, 27 de novembro de 2010

Acompanhe a entrevista sobre a campanha Salve com Abraço

Uma das pautas da Rádio Gazeta de ontem foi a campanha Salve com Abraço. Acompanhe no link abaixo a entrevista com a coordenadora geral do Instituto Supereco, Andrée Vieira:

http://migre.me/2wG0L

Campanha Salve com Abraço mobiliza público do Ong Brasil 2010

Mais de 100 assinaturas foram coletadas em prol da conservação do muriqui-do-sul





Durante o segundo dia do evento Ong Brasil 2010, que acontece no Pavilhão Vermelho do Expo Center Norte, em São Paulo, o maior primata das Américas em risco de extinção – o macaco muriqui - , foi destaque no estande do Instituto Supereco. O público do evento teve a oportunidade de participar do coquetel de lançamento da logomarca da campanha, realizada em parceria com a Associação Pró-Muriqui, com o objetivo de salvar e preservar a espécie, além de apoiar a “candidatura” do macaco para mascote das olimpíadas de 2016 - lançada recentemente pela Ong EcoAtlântica.


Organizado pela UBM Brazil, o ONG Brasil 2010 conta com mais de 500 ONGs expositoras. Nos dias 25 e 26, o evento foi restrito aos profissionais ligados ao Terceiro Setor. Amanhã, a mostra será aberta ao grande público, como forma de incentivar o início de uma ação social, seja por meio de doações de dinheiro ou bens materiais, ou de tempo, pelo trabalho voluntário.

Sobre a campanha “Salve com abraço”

A campanha “Salve com abraço” foi lançada recentemente pelo Instituto Supereco em aliança estratégica com a Associação Pró-Muriqui. O objetivo é unir a pesquisa, a conservação, a educação e a mobilização social para preservar o macaco muriqui-do-sul (Brachyteles arachnoides). Encontrado apenas em áreas de Mata Atlântica, no Brasil, o muriqui sobrevive pela cooperação abraçando-se uns aos outros como “cachos de macacos” na floresta.

Algumas ferramentas de comunicação e ecoprodutos estão sendo desenvolvidos em prol da iniciativa. Acompanhe e participe por meio deste blogue.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Supereco e Pro Muriqui lançam logomarca da campanha “Salve com abraço” no evento Ong Brasil 2010


Objetivo é mobilizar o público do evento em prol do maior primata das Américas ameaçado de extinção
O evento ONG Brasil 2010, que acontecerá entre os dias 25 e 27 de novembro, no Pavilhão Vermelho do  Expo Center Norte, em São Paulo, terá como destaque, no segundo dia  (26/11), às 13:30hs - no estande do Instituto Supereco,  o  lançamento da logomarca da campanha “Salve com abraço” .

O objetivo da iniciativa é mobilizar o maior número de pessoas em prol da campanha, que tem como objetivo salvar e preservar o macaco muriqui-do-sul – maior primata das Américas, encontrado apenas em áreas de Mata Atlântica, no Brasil, e em risco de extinção. O pacífico muriqui está entre as 25 espécies de primatas mais ameaçadas no mundo, segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais – UICN e quando ameaçado tem o habito de se abraçar com outros muriquis em cooperação.

Outro foco da campanha é apoiar a “candidatura” da espécie para mascote da olimpíada de 2016, lançada recentemente pela OngEcoatlântica.

Em seu estande, o Instituto Supereco apresentará também o trabalho que desenvolve na área de educação ambiental desde 1994 – quando iniciou suas atividades pelo ensino formal, oferecendo valiosa contribuição para a efetivação da transversalidade da educação ambiental nas escolas brasileiras, especialmente quando surgiram os novos PCNs – Parâmetros Curriculares Nacionais (MEC 1997).

Organizado pela UBM Brazil, o ONG Brasil 2010 contará com mais de 500 ONGs expositoras. Nos dias 25 e 26, o evento será restrito aos profissionais ligados ao Terceiro Setor. No sábado, a mostra será aberta ao grande público, como forma de incentivar o início de uma ação social, seja por meio de doações de dinheiro ou bens materiais, ou de tempo, pelo trabalho voluntário. São esperadas cerca de 10 mil pessoas nos três dias de evento.

Sobre a campanha “Salve com abraço”A campanha “Salve com abraço” foi lançada recentemente pelo Instituto Supereco em aliança estratégica com a Associação Pró-Muriqui. O objetivo é unir a pesquisa,  a conservação, a  educação e a  mobilização social para preservar o macaco muriqui-do-sul (Brachyteles arachnoides). Muito pacífico, o muriqui sobrevive pela cooperação abraçando-se uns aos outros como “cachos de macacos” na floresta.

Algumas ferramentas de comunicação e ecoprodutos estão sendo desenvolvidos em prol da iniciativa. Acompanhe e participe por meio do  bloguedomuriqui.blogspot.com

Instituto Supereco - primeira Ong em prol da educação pela preservação do muriquiEm 1997, o Instituto Supereco uniu a pesquisa científica sobre os muriquis com a criatividade e desenvolveu a dinâmica de educação ambiental “Salve com abraço – cooperando com os muriquis”. Desde então, a atividade é aplicada com públicos diversos, incluindo a formação e cursos de captação para ONGs, a fim de promover a união entre as pessoas por um mesmo objetivo e a importância do verdadeiro abraço por uma causa. “Os resultados são tão expressivos que até mesmo a questão da violência nas escolas se torna motivo de reflexão nos locais de aplicação”, afirma a coordenadora geral da Ong, Andrée de Ridder Vieira.

Fundado em 1994, o Instituto Supereco tem como missão promover a educação ambiental como ferramenta estratégica para a conservação do meio ambiente aliada ao desenvolvimento humano. Por meio de parcerias, atua em escolas, empresas, ONGs, instituições governamentais e comunidades com o objetivo de despertar um novo olhar sobre as questões socioambientais e incentivar a mudança de comportamento de forma diferenciada e mobilizadora.

Associação Pró-MuriquiA Associação Pró-Muriqui, coordenada por Maurício Talebi - doutor em Biologia Comportamental e Conservação de Espécies Ameaçadas pela Universidade de Cambridge, na Inglaterra - desenvolve um importante trabalho de pesquisa e de conservação desde 1986. É o mais longo projeto em execução com a espécie primata muriqui-do-sul no país, gerando um rico, sério e apurado conhecimento sobre a espécie.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Programa de Conservação do Muriqui (RJ)

Programa de Conservação do Muriqui realizado pela ONG Tereviva em conjunto com o Parque Nacional da Serra dos Órgãos -- Teresópolis, RJ. Expedição científica com o propósito de preservação do macaco Muriqui.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Macacos ameaçados de extinção

Macaco-prego-galego e guigó-da-caatinga, duas das espécies endêmicas do País, entraram na lista de primatas que correm mais risco em todo o mundo

BRASÍLIA - O macaco-prego-galego e o guigó-da-caatinga, duas das espécies endêmicas de primatas do Brasil, foram incluídos na lista dos 25 animais mais ameaçados do mundo. A relação é elaborada a cada dois anos pelo Grupo Especialista em Primatas da União Internacional (IUCN) para a Conservação da Natureza e tem o objetivo de atrair ações de pesquisa e conservação, aumentando os esforços de preservação dessas espécies.

A inclusão é resultado das articulações feitas pela delegação brasileira, liderada pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Primatas Brasileiros (CPB), durante o 23º Congresso Internacional de Primatologia, realizado entre 12 e 18 de setembro passado, na Universidade de Kyoto, no Japão.

O Cebus flavius, o macaco-prego-galego, foi incluído na lista devido à sua recente redescoberta e ao escasso conhecimento disponível sobre suas diminutas populações confirmadas na Mata Atlântica nordestina. Essa espécie foi considerada criticamente em perigo.

Já o guigó-da-caatinga (Callicebus barbarabrownae) é o único primata endêmico desse bioma, que, por sua vez, sofre acelerada degradação, inclusive com áreas em processo de desertificação. Nesse cenário, o guigó sobrevive em raros remanescentes de caatinga arbórea, sendo considerado criticamente em perigo tanto na lista da IUCN quanto na avaliação do Ministério do Meio Ambiente.

No Brasil, há 104 espécies de primatas, o correspondente a um terço da diversidade desse grupo de mamíferos conhecida no mundo.

O CPB desenvolve pesquisas e ações de manejo com foco nessas duas espécies e espera que, incluídas na lista mundial, elas possam servir como espécies-bandeira, alertando para a situação de toda a biodiversidade na Mata Atlântica nordestina e na caatinga.

Durante o congresso, do qual o CPB participou pela primeira vez, o chefe da entidade, Leandro Jerusalinsky, coordenou a sessão sobre conservação de primatas neotropicais, na qual apresentou a análise: Planejamento Estratégico para a Conservação de Primatas Brasileiros: Avanços e Prioridades.

Nela, foram ressaltados os esforços do ICMBio no sentido de ampliar a aplicação de ferramentas para a conservação de espécies, tais como as listas de táxons ameaçados, planos de ação e modelagens espaciais e populacionais.

Leandro também integrou o simpósio sobre primatas em fragmentos, apresentando o trabalho Vivendo no limite: fragmentação de hábitats na interface da zona semi-árida do nordeste brasileiro, com destaque para os resultados dos estudos sobre a distribuição de Callicebus barbarabrownae e Callicebus coimbrai, que fazem parte dos esforços de pesquisa e conservação do Projeto Guigó, desenvolvido em parceira com a Universidade Federal de Sergipe e a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Sergipe.

Integraram a delegação brasileira que participou do congresso principalmente professores e estudantes de universidades como Unifesp, UFG, UFRN, USP, UnB, PUCRS e organizações não-governamentais como WCS, Pró-Muriqui, CECO.

Fonte: JORNAL DO COMMERCIO - PE

domingo, 24 de outubro de 2010

Cooperando com os muriquis

Na última sexta-feira, o Instituto Supereco realizou a atividade “Salve com abraço – cooperando com os muriquis”, na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, em São Paulo. Durante a atividade, as crianças da escola Copo de Leite conheceram a história do macaco muriqui e também foram incentivadas ao trabalho de cooperação, de amizade, de igualdade e de união por um mesmo objetivo.


quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Campanha em prol do muriqui na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia


Os visitantes da  Semana nacional de Ciência e Tecnologia poderão participar  da atividade “Salve com Abraço – cooperando com os muriquis”, que será promovida  pelo Instituto Supereco, no dia 22/10, a partir das 15hs. O objetivo é ampliar os conhecimentos sobre a fauna brasileira e espécies ameaçadas de extinção, além de incentivar a formação de grupos de ação ou clubes ecológicos em defesa da conservação.

Durante a atividade, será apresentada a história do macaco muriqui - espécie existente apenas em áreas de Mata Atlântica, no Brasil, altamente ameaçada de extinção, que vive em grupos e, quando se sente ameaçada, abraça seus companheiros, formando verdadeiros cachos de macacos nas árvores. A atividade estimula o trabalho de cooperação, de amizade, de igualdade, da união entre as pessoas por um mesmo objetivo e a importância do verdadeiro abraço por uma causa.

A Semana Nacional de Ciência e Tecnologia é organizada e coordenada anualmente pelo Ministério da Ciência e Tecnologia cujo objetivo é promover a divulgação científica no Brasil. Confira a programação completa do evento: http://ecienciablog.blogspot.com

Serviço:

Data: de 20 a 24 de Outubro
Local: Estação Ciência - USP
(Rua Guaicurus, 1394 – Lapa – São Paulo – SP / Próxima ao Shoping Center Lapa e a Estação Lapa da CPTM)
Preço: R$4,00 (referente à entrada na Estação Ciência)
Meia-entrada para estudantes
Gratuito para menores de 6 e maiores de 60 anos
Público: livre para todas as idades.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Um abraço seu pode salvar mil macacos da extinção

Foto: Paulo B. Chaves

Você já abraçou um macaco para salvá-lo da extinção hoje? Explica-se: quando precisam realizar alguma atividade ou como forma de cumprimento ritualizado, os macacos da espécie muriqui se entrelaçam em um tipo de abraço e, assim, vão vencendo os desafios da floresta. Tal elo não tem sido suficiente para livrá-los do avanço do desmatamento e da caça, mas o simbolismo do gesto inspirou uma ação pela sua preservação.

Presente na lista de animais brasileiros em risco de extinção, o muriqui virou bandeira do Instituto Supereco e da Associação Pró-Muriqui, que se preparam para lançar a segunda etapa da campanha Salve com Abraço, cujo objetivo é difundir informações sobre a importância da espécie para a Mata Atlântica.

O projeto teve início em 1997, quando o Instituto Supereco uniu a pesquisa científica que realizava sobre os macacos dessa espécie à dinâmica de educação ambiental Salve com Abraço – Cooperando com os Muriquis. A partir daí, desenvolveu materiais pedagógicos e realizou ações educativas em congressos, oficinas e cursos voltados para ONGs.

Biografia

Considerado o maior primata das Américas – a avaliação considera a relação proporcional entre o tamanho corporal e o tamanho do cérebro –, o muriqui pode chegar aos 15kg em idade adulta. Dóceis, como os abraços confirmam, esses primatas herbívoros vivem em grupos mistos que podem chegar a 50 indivíduos e têm como predadores naturais o gavião pega-macaco e serpentes. Nenhum deles, contudo, ainda representa ameaça maior que o homem.

Essa espécie está entre as 35 mais criticamente ameaçadas do planeta. Estudos recentes apontam que, nos últimos 27 anos, houve uma redução de 61% no número de muriquis. Restam pouco mais de mil em 19 pontos do Espírito Santo, de Minas Gerais e de São Paulo. É nesse quadro de extinção iminente que entra o projeto Salve com Abraço.

A proposta da segunda fase da iniciativa é preservar os macacos Muriquis por duas frentes: a divulgação da causa no mundo virtual, por meio das redes sociais e demais ferramentas de comunicação, e nas escolas, com atividades de conscientização lúdicas e educativas.

Fonte: Portal Terra

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Documentário "Entre montanhas e muriquis" (Brasil-MG, 2009)

Sinopse: Existem mais relações entre homens e natureza que às vezes imaginamos. Este documentário traz aos espectadores a intimidade dos muriquis.
Assumindo o desafio de pesquisar e ajudar a conservar os muriquis na Serra do Brigadeiro, uma equipe de pesquisadores imergiu por mais de três anos no ambiente deste primata. Eles vivenciaram as experiências, encontros e descorbertas daqueles que sobrevivem e vivem "Entre Montanhas e Muriquis".

Trailer:



Direção: Pedro Vilela, Paulo Vilela e Leandro Santana Moreira. 54 min.
Contato: tanto@tantodesign.com.br

Fonte: http://www.fica.art.br

terça-feira, 27 de julho de 2010

ONG cria Corredor Ecológico do Muriqui no Rio de Janeiro


O Instituto Bioatlântica deu início à criação Corredor Ecológico do Muriqui (CEM), na região serrana do estado do Rio de Janeiro. O projeto, feito em parceria com a empresa MPX e apoio do Inea (Instituto Estadual do Ambiente), contempla um local de 240 mil hectares entre os Parques do Desengano e Três Picos e abrange áreas das cidades de Macaé, Conceição de Macabu, Trajano de Morais, Santa Maria Madalena, Nova Friburgo e Bom Jardim.
 Endêmico do Bioma Mata Atlântica, o Muriqui é uma das 30 espécies apontadas pela IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais) com risco iminente de extinção.  Escolhido como bandeira do CEM, o Muriqui servirá para atentar sobre a importância da conservação natural.
A formação de um corredor ecológico é um projeto complexo, de fôlego. Corredores ecológicos são conexões verdes entre “manchas” florestais, por meio de ações de preservação e replantio de espécies nativas em áreas degradadas. Formam assim importantes “caminhos” que servem para o livre fluxo da vida selvagem.
O projeto de implantação do CEM prevê a execução de um programa regional de conservação e restauração florestal em larga escala, integrando esforços governamentais, particulares e ações de organizações locais. O apoio à formação de corredores florestais no Estado do Rio de Janeiro é uma das políticas ambientais prioritárias do Inea, capitaneada pelo seu diretor de Biodiversidade e Áreas Protegidas, André Ilha.
A informação é do Programa para o Meio Ambiente da Organização das Nações Unidas (ONU).

terça-feira, 6 de julho de 2010

Programa "Terra da Gente" mostra Muriquis no leste de Minas Gerais

Episódio do programa "Terra da Gente", exibido pela emissora EPTV, desvenda as trilhas da Reserva Particular do Patrimônio Natural Feliciano Miguel Abdala (RPPN), em Minas Gerais. Localizada na cidade de Caratinga, a leste do estado, a área de 957 hectares de Mata Atlântica é um dos principais redutos do Muriqui, o maior primata das Américas.


No programa, o animal aparece saltando livremente pelos galhos de árvores, em meio à natureza bucólica e área de Mata Atlântica preservada, graças ao esforço do fazendeiro Miguel Abdala, que há 70 anos comprou o local e o destinou à conservação natural.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Maria e Zé Caiçara convidam para a Festa da Tainha

Em Caraguatatuba, em meio ao verde das árvores de Mata Atlântica o da brisa leve do mar, um dia especial na vida do casal Zé e Maria Caiçara, dois simpáticos bonecos nascidos na cidade e que preservam o que lhes deu à vida: a natureza.

No raiar do dia, os dois levantam felizes. Maria usa chapéu de palha, fita no cabelo, um lindo vestido de renda, combinando com seu olhar doce e alegre. Ela sai da cama e encontra Zé na cozinha, pronto, de camisa azul e rede nos ombros, já preparado para a pesca.

-Oi Maria
-Dia Zé. Levantou cedo.
-Caí da rede.
- Por que está com a rede nos ombros homem?
- Ué, hoje é dia de pesca.Um dia bonito para o trabalho.
- Zé, deixa essa rede de canto que agora vamos fazer uma coisa importante, tanto quanto pescar. Dê a mão homem!

Surpreso, Zé Caiçara coça a cabeça, mas obedece a mulher. E os dois seguem caminho, apenas com a companhia um do outro, com a beleza da Serra do Mar em volta. Menos de dois minutos depois, caminhando perto das árvores, o silêncio termina e surge uma voz jovem e amiga. Da copa de uma árvore, eles vêem o Muriqui, legítimo habitante da Mata Atlântica e conhecido dos dois.

-Dia Muriqui. Venha andar com a gente. Temos um trabalho e precisamos da sua ajuda.
- Mas o que é, você sabe Zé?
- Ah! Muriqui, acho que é para tomar sorvete. Ela precisa da nossa ajuda para poder tomar tudo.
- Nada disso homem. Esqueceu que vamos participar da Festa da Tainha?
-É mesmo mulher. A festa... Precisamos chamar todo mundo, porque já começa no dia 8 de julho e vai até o dia 11. Estou muito ansioso! Vai ser lá pertinho de casa, no Entreposto de pesca de Porto Novo.
Adoro essa festa: tem música caiçara, comida....

Espevitado, Muriqui – que pulava de galho em galho para ouvir a conversa, faz suas brincadeiras.
- Música? Eba! Gosto daquela assim: “È, você não tá sabendo não. Agora é lei cada macaco no seu galho”.
-Ê Muriqui. Eu conversando sério aqui com o Zé e você vem com brincadeiras! Macaco danado!
O mais importante dessa festa é que todo mundo vai presenciar, pela segunda vez, o artesanato do Grupo Arte Caiçara, um pessoal muito bacana. Eles participaram dos projetos que valorizam as nossas tradições, o “Feito Aqui, feito por nós”, do Centro de Referência de Assistência Social do Porto Novo – CRAS-Sul e o “Água de Beber, de Comer de Usar e Conservar...Ciclos Contínuos” , desenvolvido pelo Instituto Supereco com o patrocínio da Petrobras por meio do Programa Petrobras Ambiental.
- Que legal Maria! Mas que tipo de artesanato esse Grupo Arte Caiçara criou?
- Eles fizeram uma linha de produtos chamada “Farinha de Meia”. Tem a boneca Maria Caiçara, o boneco Zé Caiçara e a filha deles, a Aninha.
- Lá tem bonecos parecidos com a gente?, indagou Zé.
-É homem. Tem bonecos iguaizinhos a nós para vender. E custam muito pouco. Comprando, ajudamos a valorizar a cultura caiçara e geramos renda para as famílias do Arte Caiçara.
- Ah, eu é que não perco essa festa, diz Zé
Acho que vou comprar outra Maria, para me acompanhar nas pescarias.
- E eu, outro Zé, que não caia todo dia da rede. Brincadeira! Não precisa de mais nada. Tenho a Serra do Mar, com a Mata Atlântica em minha volta, o meu Zé do meu lado e a amizade do Muriqui.

Pulando de galhos em galhos, Muriqui decide descer e abraça o casal, gritando para todos ouvirem: "Não percam a Festa da Tainha. Vai ser do dia 8 até o dia 11 de julho. Venham todos conhecer meus adoráveis amigos Zé e Maria, feitos por gente que dá valor à cultura caiçara e preserva a minha casa: a Mata Atlântica".

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Programa "TV Xuxa" mostra Muriquis no Espírito Santo (ES)

Reportagem da série "Olha o Bicho", exibida no "TV Xuxa", da Rede Globo, fala sobre os Muriquis que habitam a região de Santa Maria de Jetibá, no Espírito Santo.Na matéria, o biólogo Sérgio Lucena, da UFES, comenta sobre o "Projeto Muriqui", executado na área, e traz algumas curiosidades sobre o maior primata das Américas.


quinta-feira, 17 de junho de 2010

Curiosidades sobre o Muriqui, o maior primata das Américas


Polegar vestigial ou ausente. Usa as mãos para manipular, diferente de outros macacos que vivem em arvores, que caminham tanto com as pernas quanto com os braços quase tocando o chão.
Relíquia existente da devastada Mata Atlântica, são encontrados em sua maioria em altitudes entre 600 a 1.800 metros e no extrato mais alto da mata. Em áreas alteradas, os Muriquis são vistos explorando todos os extratos da mata, desde o chão até as copas superiores.
Esguios, chegam a medir até 1,5 metro da ponta de suas mãos até os pés
Segundo a IUCN (União Internacional para Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais), está entre as 35 espécies mais ameaçadas da Terra.
Estima-se que a população do Muriqui tenha sido reduzida de 400 mil indivíduos em 1500 para 3000 em 1971
Reúnem-se em grupos grandes de vários machos e fêmeas, podendo passar de 50 indivíduos.
Verdadeiros equilibristas, fazem do cipó uma corda bamba, que liga as árvores mais distantes. Cordialmente, os mais velhos usam o corpo como ponte para os mais novos atravessarem de um galho para outro.
Especiais, tem o hábito de se abraçarem, o que os tornam animais carismáticos e únicos

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Pesquisa científica com educação ambiental para a preservação do Muriqui

Estudo realizado em 2003 pela IUCN (União Internacional para Conservação da Natureza e dos Recursos Hídricos) revela que o Muriqui aparece na chamada “Lista Vermelha” como uma das 25 espécies de primatas mais ameaçadas de extinção no mundo.


O biólogo Maurício Talebi, doutor em Biologia Comportamental e Conservação de Espécies Ameaçadas pela Universidade de Cambridge, na Inglaterra, é apontado como um dos principais estudiosos dos primatas brasileiros. O especialista coordena a Associação Pró Muriqui, voltada à preservação da espécie desde a década de 80, e afirma que a devastação do habitat diminui o contato da população com o animal. “Para visitar os Muriquis no seu estado natural não é tão fácil.. São muito poucos na natureza”.


Dentro da fauna brasileira, alguns animais são popularmente classificados como espécies-bandeiras, com base no aspecto carismático. A denominação faz com que se torne mais fácil a sensibilização em torno da preservação das espécies e dos biomas. Na avaliação da bióloga e educadora ambiental Andrée de Ridder Vieira, Coordenadora Geral do Supereco, a campanha “Salve com abraço” serve como uma forma de “guarda-chuva” na abordagem de diversos temas ambientais associados.

“Não criamos uma campanha voltada a apenas um único animal, mas sim a toda uma cultura pela conservação. Abordamos questões intra e inter espécies, serviços ambientais”, enfatiza, acreditando no alinhamento entre pesquisa e ensino de forma criativa. “Queremos construir uma interface entre conservação e educação, criando, inclusive, sistemas de monitoramento e indicadores comuns”.

Além da preservação do animal, Andrée acredita que o programa possa melhorar o conhecimento dos estudantes sobre as questões ambientais pela sensibilização e mobilização. Para ela, o ensino se equivoca ao priorizar o caráter meramente informativo em vez do formativo na abordagem do temas.

“(...) É muito significativa a realidade atual de que a maioria das escolas brasileiras, e mesmo os educadores que não estão nas escolas, mas sim no campo e nas comunidades, trabalhem cada vez mais o tema biodiversidade, levando o conhecimento da nossa fauna e da nossa flora. Só a gente conhecendo de verdade, aprendemos a amar.E quando amamos, cuidamos de verdade”

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Cada macaco no seu galho, muitos num galho só!

O Muriqui é considerado o maior primata do continente americano. Sua estatura pode chegar a 1,2 metro no macho adulto. De pelagem amarelada, locomoção feita pelos membros superiores (braquial), além do corpo pesado, que ultrapassa os 15kgs entre os machos, é muitas vezes confundido com outras espécies de macacos.

Apesar das semelhanças, o Muriqui só existe no Brasil e seu único habitat é a Mata Atlântica brasileira, que teve a extensão original reduzida em 93% até a atualidade. Mas é a barriga proeminente, devido ao grande volume de folhas ingeridas, e no seu comportamento de abraçar-se em “muitos macacos num galho só” que o torna tão único e especial.

Existem duas espécies distintas de muriqui: a do norte e a do sul. A do norte é encontrada nos estados de Minas Gerais, Espírito Santo e Bahia e a do sul, em São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná.


De acordo com o biólogo e pesquisador Maurício Talebi, da Pró-Muriqui, além das alterações genéticas, duas características diferenciam essas espécies: no Muriqui-do-norte o polegar é vestigial e no Muriqui-do-sul ele é ausente; mas a diferença marcante está na pelagem da face: a pigmentação é negra no Muriqui- do-sul, por isso é conhecido como monocarvoeiro (os índios achavam que ele sujava sua cara com carvão) e no Muriqui-do-norte está ausente, parecendo que ele é sardento!

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Campanha “Salve com abraço” é lançada no Ano Internacional da Biodiversidade

A Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) declarou que 2010 é o ano da biodiversidade. No Brasil, um país de megadiversidade, o número de espécies ameaçadas de extinção cresce de forma expressiva, portanto os esforços de conservação são cada vez mais urgentes. Trabalhar em rede e de forma cooperativa é essencial para salvar a biodiversidade brasileira.

Com este intuito, a aliança entre o Instituto Supereco a Associação Pró-Muriqui lança a Campanha “Salve com um abraço”, que pretende contribuir para a preservação do macaco Muriqui – o maior primata das Américas, encontrado apenas em áreas de Mata Atlântica, no Brasil, e em risco de extinção. Muito carismático, o muriqui sobrevive pela cooperação abraçando-se uns aos outros como “cachos de macacos” na floresta!

O objetivo da campanha é difundir a espécie, sua importância para a Mata Atlântica, e suas ameaças, estimulando o trabalho de cooperação por meio deste blogue.




Supereco & Pró-Muriqui

A aliança Supereco & Pró-Muriqui tem o objetivo de somar os esforços da pesquisa e da conservação com a educação, criando bases de trabalhos comuns, incluindo indicadores de avaliação que comprovem a importância da Educação Ambiental para a preservação de uma espécie da biodiversidade brasileira.

Experiência de 18 anos em pesquisa de campo com muriquis

A Associação Pró-Muriqui, coordenada por Maurício Talebi, desenvolve um importante trabalho de pesquisa desde 1986 - o mais longo projeto em execução com a espécie primata muriqui-do-sul no país, gerando um rico, sério e apurado conhecimento sobre a espécie.