sexta-feira, 2 de julho de 2010

Maria e Zé Caiçara convidam para a Festa da Tainha

Em Caraguatatuba, em meio ao verde das árvores de Mata Atlântica o da brisa leve do mar, um dia especial na vida do casal Zé e Maria Caiçara, dois simpáticos bonecos nascidos na cidade e que preservam o que lhes deu à vida: a natureza.

No raiar do dia, os dois levantam felizes. Maria usa chapéu de palha, fita no cabelo, um lindo vestido de renda, combinando com seu olhar doce e alegre. Ela sai da cama e encontra Zé na cozinha, pronto, de camisa azul e rede nos ombros, já preparado para a pesca.

-Oi Maria
-Dia Zé. Levantou cedo.
-Caí da rede.
- Por que está com a rede nos ombros homem?
- Ué, hoje é dia de pesca.Um dia bonito para o trabalho.
- Zé, deixa essa rede de canto que agora vamos fazer uma coisa importante, tanto quanto pescar. Dê a mão homem!

Surpreso, Zé Caiçara coça a cabeça, mas obedece a mulher. E os dois seguem caminho, apenas com a companhia um do outro, com a beleza da Serra do Mar em volta. Menos de dois minutos depois, caminhando perto das árvores, o silêncio termina e surge uma voz jovem e amiga. Da copa de uma árvore, eles vêem o Muriqui, legítimo habitante da Mata Atlântica e conhecido dos dois.

-Dia Muriqui. Venha andar com a gente. Temos um trabalho e precisamos da sua ajuda.
- Mas o que é, você sabe Zé?
- Ah! Muriqui, acho que é para tomar sorvete. Ela precisa da nossa ajuda para poder tomar tudo.
- Nada disso homem. Esqueceu que vamos participar da Festa da Tainha?
-É mesmo mulher. A festa... Precisamos chamar todo mundo, porque já começa no dia 8 de julho e vai até o dia 11. Estou muito ansioso! Vai ser lá pertinho de casa, no Entreposto de pesca de Porto Novo.
Adoro essa festa: tem música caiçara, comida....

Espevitado, Muriqui – que pulava de galho em galho para ouvir a conversa, faz suas brincadeiras.
- Música? Eba! Gosto daquela assim: “È, você não tá sabendo não. Agora é lei cada macaco no seu galho”.
-Ê Muriqui. Eu conversando sério aqui com o Zé e você vem com brincadeiras! Macaco danado!
O mais importante dessa festa é que todo mundo vai presenciar, pela segunda vez, o artesanato do Grupo Arte Caiçara, um pessoal muito bacana. Eles participaram dos projetos que valorizam as nossas tradições, o “Feito Aqui, feito por nós”, do Centro de Referência de Assistência Social do Porto Novo – CRAS-Sul e o “Água de Beber, de Comer de Usar e Conservar...Ciclos Contínuos” , desenvolvido pelo Instituto Supereco com o patrocínio da Petrobras por meio do Programa Petrobras Ambiental.
- Que legal Maria! Mas que tipo de artesanato esse Grupo Arte Caiçara criou?
- Eles fizeram uma linha de produtos chamada “Farinha de Meia”. Tem a boneca Maria Caiçara, o boneco Zé Caiçara e a filha deles, a Aninha.
- Lá tem bonecos parecidos com a gente?, indagou Zé.
-É homem. Tem bonecos iguaizinhos a nós para vender. E custam muito pouco. Comprando, ajudamos a valorizar a cultura caiçara e geramos renda para as famílias do Arte Caiçara.
- Ah, eu é que não perco essa festa, diz Zé
Acho que vou comprar outra Maria, para me acompanhar nas pescarias.
- E eu, outro Zé, que não caia todo dia da rede. Brincadeira! Não precisa de mais nada. Tenho a Serra do Mar, com a Mata Atlântica em minha volta, o meu Zé do meu lado e a amizade do Muriqui.

Pulando de galhos em galhos, Muriqui decide descer e abraça o casal, gritando para todos ouvirem: "Não percam a Festa da Tainha. Vai ser do dia 8 até o dia 11 de julho. Venham todos conhecer meus adoráveis amigos Zé e Maria, feitos por gente que dá valor à cultura caiçara e preserva a minha casa: a Mata Atlântica".

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