segunda-feira, 28 de junho de 2010

Programa "TV Xuxa" mostra Muriquis no Espírito Santo (ES)

Reportagem da série "Olha o Bicho", exibida no "TV Xuxa", da Rede Globo, fala sobre os Muriquis que habitam a região de Santa Maria de Jetibá, no Espírito Santo.Na matéria, o biólogo Sérgio Lucena, da UFES, comenta sobre o "Projeto Muriqui", executado na área, e traz algumas curiosidades sobre o maior primata das Américas.


quinta-feira, 17 de junho de 2010

Curiosidades sobre o Muriqui, o maior primata das Américas


Polegar vestigial ou ausente. Usa as mãos para manipular, diferente de outros macacos que vivem em arvores, que caminham tanto com as pernas quanto com os braços quase tocando o chão.
Relíquia existente da devastada Mata Atlântica, são encontrados em sua maioria em altitudes entre 600 a 1.800 metros e no extrato mais alto da mata. Em áreas alteradas, os Muriquis são vistos explorando todos os extratos da mata, desde o chão até as copas superiores.
Esguios, chegam a medir até 1,5 metro da ponta de suas mãos até os pés
Segundo a IUCN (União Internacional para Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais), está entre as 35 espécies mais ameaçadas da Terra.
Estima-se que a população do Muriqui tenha sido reduzida de 400 mil indivíduos em 1500 para 3000 em 1971
Reúnem-se em grupos grandes de vários machos e fêmeas, podendo passar de 50 indivíduos.
Verdadeiros equilibristas, fazem do cipó uma corda bamba, que liga as árvores mais distantes. Cordialmente, os mais velhos usam o corpo como ponte para os mais novos atravessarem de um galho para outro.
Especiais, tem o hábito de se abraçarem, o que os tornam animais carismáticos e únicos

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Pesquisa científica com educação ambiental para a preservação do Muriqui

Estudo realizado em 2003 pela IUCN (União Internacional para Conservação da Natureza e dos Recursos Hídricos) revela que o Muriqui aparece na chamada “Lista Vermelha” como uma das 25 espécies de primatas mais ameaçadas de extinção no mundo.


O biólogo Maurício Talebi, doutor em Biologia Comportamental e Conservação de Espécies Ameaçadas pela Universidade de Cambridge, na Inglaterra, é apontado como um dos principais estudiosos dos primatas brasileiros. O especialista coordena a Associação Pró Muriqui, voltada à preservação da espécie desde a década de 80, e afirma que a devastação do habitat diminui o contato da população com o animal. “Para visitar os Muriquis no seu estado natural não é tão fácil.. São muito poucos na natureza”.


Dentro da fauna brasileira, alguns animais são popularmente classificados como espécies-bandeiras, com base no aspecto carismático. A denominação faz com que se torne mais fácil a sensibilização em torno da preservação das espécies e dos biomas. Na avaliação da bióloga e educadora ambiental Andrée de Ridder Vieira, Coordenadora Geral do Supereco, a campanha “Salve com abraço” serve como uma forma de “guarda-chuva” na abordagem de diversos temas ambientais associados.

“Não criamos uma campanha voltada a apenas um único animal, mas sim a toda uma cultura pela conservação. Abordamos questões intra e inter espécies, serviços ambientais”, enfatiza, acreditando no alinhamento entre pesquisa e ensino de forma criativa. “Queremos construir uma interface entre conservação e educação, criando, inclusive, sistemas de monitoramento e indicadores comuns”.

Além da preservação do animal, Andrée acredita que o programa possa melhorar o conhecimento dos estudantes sobre as questões ambientais pela sensibilização e mobilização. Para ela, o ensino se equivoca ao priorizar o caráter meramente informativo em vez do formativo na abordagem do temas.

“(...) É muito significativa a realidade atual de que a maioria das escolas brasileiras, e mesmo os educadores que não estão nas escolas, mas sim no campo e nas comunidades, trabalhem cada vez mais o tema biodiversidade, levando o conhecimento da nossa fauna e da nossa flora. Só a gente conhecendo de verdade, aprendemos a amar.E quando amamos, cuidamos de verdade”

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Cada macaco no seu galho, muitos num galho só!

O Muriqui é considerado o maior primata do continente americano. Sua estatura pode chegar a 1,2 metro no macho adulto. De pelagem amarelada, locomoção feita pelos membros superiores (braquial), além do corpo pesado, que ultrapassa os 15kgs entre os machos, é muitas vezes confundido com outras espécies de macacos.

Apesar das semelhanças, o Muriqui só existe no Brasil e seu único habitat é a Mata Atlântica brasileira, que teve a extensão original reduzida em 93% até a atualidade. Mas é a barriga proeminente, devido ao grande volume de folhas ingeridas, e no seu comportamento de abraçar-se em “muitos macacos num galho só” que o torna tão único e especial.

Existem duas espécies distintas de muriqui: a do norte e a do sul. A do norte é encontrada nos estados de Minas Gerais, Espírito Santo e Bahia e a do sul, em São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná.


De acordo com o biólogo e pesquisador Maurício Talebi, da Pró-Muriqui, além das alterações genéticas, duas características diferenciam essas espécies: no Muriqui-do-norte o polegar é vestigial e no Muriqui-do-sul ele é ausente; mas a diferença marcante está na pelagem da face: a pigmentação é negra no Muriqui- do-sul, por isso é conhecido como monocarvoeiro (os índios achavam que ele sujava sua cara com carvão) e no Muriqui-do-norte está ausente, parecendo que ele é sardento!

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Campanha “Salve com abraço” é lançada no Ano Internacional da Biodiversidade

A Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) declarou que 2010 é o ano da biodiversidade. No Brasil, um país de megadiversidade, o número de espécies ameaçadas de extinção cresce de forma expressiva, portanto os esforços de conservação são cada vez mais urgentes. Trabalhar em rede e de forma cooperativa é essencial para salvar a biodiversidade brasileira.

Com este intuito, a aliança entre o Instituto Supereco a Associação Pró-Muriqui lança a Campanha “Salve com um abraço”, que pretende contribuir para a preservação do macaco Muriqui – o maior primata das Américas, encontrado apenas em áreas de Mata Atlântica, no Brasil, e em risco de extinção. Muito carismático, o muriqui sobrevive pela cooperação abraçando-se uns aos outros como “cachos de macacos” na floresta!

O objetivo da campanha é difundir a espécie, sua importância para a Mata Atlântica, e suas ameaças, estimulando o trabalho de cooperação por meio deste blogue.




Supereco & Pró-Muriqui

A aliança Supereco & Pró-Muriqui tem o objetivo de somar os esforços da pesquisa e da conservação com a educação, criando bases de trabalhos comuns, incluindo indicadores de avaliação que comprovem a importância da Educação Ambiental para a preservação de uma espécie da biodiversidade brasileira.

Experiência de 18 anos em pesquisa de campo com muriquis

A Associação Pró-Muriqui, coordenada por Maurício Talebi, desenvolve um importante trabalho de pesquisa desde 1986 - o mais longo projeto em execução com a espécie primata muriqui-do-sul no país, gerando um rico, sério e apurado conhecimento sobre a espécie.