quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Um abraço seu pode salvar mil macacos da extinção

Foto: Paulo B. Chaves

Você já abraçou um macaco para salvá-lo da extinção hoje? Explica-se: quando precisam realizar alguma atividade ou como forma de cumprimento ritualizado, os macacos da espécie muriqui se entrelaçam em um tipo de abraço e, assim, vão vencendo os desafios da floresta. Tal elo não tem sido suficiente para livrá-los do avanço do desmatamento e da caça, mas o simbolismo do gesto inspirou uma ação pela sua preservação.

Presente na lista de animais brasileiros em risco de extinção, o muriqui virou bandeira do Instituto Supereco e da Associação Pró-Muriqui, que se preparam para lançar a segunda etapa da campanha Salve com Abraço, cujo objetivo é difundir informações sobre a importância da espécie para a Mata Atlântica.

O projeto teve início em 1997, quando o Instituto Supereco uniu a pesquisa científica que realizava sobre os macacos dessa espécie à dinâmica de educação ambiental Salve com Abraço – Cooperando com os Muriquis. A partir daí, desenvolveu materiais pedagógicos e realizou ações educativas em congressos, oficinas e cursos voltados para ONGs.

Biografia

Considerado o maior primata das Américas – a avaliação considera a relação proporcional entre o tamanho corporal e o tamanho do cérebro –, o muriqui pode chegar aos 15kg em idade adulta. Dóceis, como os abraços confirmam, esses primatas herbívoros vivem em grupos mistos que podem chegar a 50 indivíduos e têm como predadores naturais o gavião pega-macaco e serpentes. Nenhum deles, contudo, ainda representa ameaça maior que o homem.

Essa espécie está entre as 35 mais criticamente ameaçadas do planeta. Estudos recentes apontam que, nos últimos 27 anos, houve uma redução de 61% no número de muriquis. Restam pouco mais de mil em 19 pontos do Espírito Santo, de Minas Gerais e de São Paulo. É nesse quadro de extinção iminente que entra o projeto Salve com Abraço.

A proposta da segunda fase da iniciativa é preservar os macacos Muriquis por duas frentes: a divulgação da causa no mundo virtual, por meio das redes sociais e demais ferramentas de comunicação, e nas escolas, com atividades de conscientização lúdicas e educativas.

Fonte: Portal Terra

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